segunda-feira, 25 de outubro de 2010

(Parênteses)


Na primeira aula do primeiro dia de aula do primeiro colegial eu conheci o Wilsinho... Grandão, magricela, desajeitado, com olhos azuis liiiiindos e um jeitinho de bebê que dava vontade de pegar no colo. Ele virou melhor amigo em um segundo, apesar de ser totalmente diferente de mim. Ele me ensinava matemática, física, química, biologia e me ensinou também a gostar de rock. Levava fitas cassete com programas da MTV dos Estados Unidos gravados, para assistir em casa (naquela época não tínhamos MTV no Brasil). Era ele que eu chamava p/ me acompanhar quando tinha que ir a algum lugar loooonge e a pé. Ele era meu companheiro de caminhadas. Ele já tinha computador quando eu ainda fazia curso de datilografia. Ria da minha falta de equilíbrio. Queria fazer medicina. Queria ir embora de Bauru. Na sexta-feira, arrumando as caixas que ainda ficaram da mudança, achei uma carta dele, escrita em meio à nossos 15 anos. Ele dizia que seria meu amigo até quando nossas almas abandonassem nosso corpo. Acontece que o Wil virou um anjo em março desse ano. Foi embora e eu nem pude me despedir... e a minha história ficou um pouco mais triste. Wil, amigo querido, tenho uma última coisa p/ te dizer: Você estava errado!! A nossa amizade não termina por aqui. Descanse em paz, você merece. Um dia a gente se (re)encontra...

Um comentário:

  1. Ai Re!!! nossa, muito triste o desfecho do WIL, vai ficar na memoria sempre com aquela carinha de bebezao!!! Saudades dele, do inicio de uma adolescencia cheia de ideias, sonhos e muitos clipes de rock em roll.....Erica Camargo

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